Parque Ribeirinho Oriente
Lisboa, Portugal 2015 (Concurso perdido)
A proposta pretende criar um espaço exterior com diversas valências, distribuídas ao longo do dia e da noite, capaz de se instituir como um espaço público de referência em Lisboa, prolongando a sucessão de docas e terreiros associados a factos arquitectónicos monumentais da linha de margem da cidade. Visa uma enorme capacidade de carga e mantém uma perspectiva de sustentabilidade económica e ecológica, desde a construção até à utilização e exploração do parque, reflectindo-se no reaproveitamento de estruturas e na proposta de materiais e soluções resistentes e com baixos custos de manutenção.
Propõem-se três grandes praças polivalentes com um anfiteatro, que proporcionam utilizações orientadas para diferentes vistas. O troço sul do parque é uma grande área verde, inspirada na compartimentação dos campos agrícolas da lezíria do Tejo, onde se concentram a maior parte dos equipamentos desportivos do programa. Noutro troço do parque manter-se-á uma parte dos edifícios, reconvertidos para usos necessários ao seu funcionamento.
As zonas verdes são constituídas por áreas extensivas de sequeiro, atravessadas por percursos pavimentados, enquanto os relvados regados, com uma elevada capacidade de carga para recreio activo ou passivo, são estrategicamente distribuídos. Sobre esta matriz verde são cruzadas cortinas altas corta-vento e sebes arbustivas mais baixas. Estas últimas estarão dispostas paralelamente ao rio, ao contrário dos alinhamentos arbóreos que permitem manter libertas as vistas para o rio a partir das urbanizações.