Escritórios Mar Do Oriente
Lisboa, Portugal 2004
A solução apresentada começa por criar uma faixa de transição entre as ruas adjacentes e os acessos ao estacionamento subterrâneo e à praça interior. Esta faixa será a correspondente à galeria pública, coberta pela laje da plataforma e deverá fazer a transição entre os vários pavimentos sem quaisquer ressaltos.
A praça interior permite um rápido atravessamento a quem assim o deseje, mas também pode convidar a ficar, oferecendo sombra e luz, e ainda chamando a atenção através das árvores que dela arrancam e que se estendem através da laje que a cobre parcialmente para algo que se passa acima da mesma.
No outro piso, na plataforma que serve de embasamento ao conjunto de edifícios, deparamo-nos com um espelho de água percorrível através de um pavimento que aparenta apenas pairar sobre o mesmo, que reforça a ideia dos reflexos gerados pelo vislumbre do Rio Tejo ao longe e pelas fachadas dos edifícios em vidro.
Neste espelho de água coexistem as árvores que vêm do piso inferior, e que nos guiaram até aqui, e uma série de canteiros com plantas aquáticas, que ajudam a contrabalançar a multiplicidade de reflexos.
O desempenho cénico deste espaço tem uma relevância comparável às funções anteriores de vivência directa do espaço. Os principais destinatários são, obviamente, todas as pessoas que habitam os edifícios diariamente e, também, todos os visitantes.