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Parque Urbano Cruz de Montalvão

Castelo Branco, Portugal 2016 (Concurso perdido)

A proposta de criação do Parque Urbano Cruz do Montalvão pode ser sintetizada em três pontos fundamentais: metodológico - o sítio oferece uma condição topográfica tal que a transformação não faz mais do que pequenos acertos de micro-modelação; programático - assume-se o tema central da arte urbana na acepção mais abrangente: a pintura mural, a escultura, o cinema e o teatro, as artes performativas e a música; ecológico - todo o coberto vegetal presente é tomado como uma matriz, sobre a qual se intervém melhorando, que deve ser integrada nos novos sistemas a criar, fazendo com que o processo construtivo seja tal que perturbe apenas e só as áreas a intervir.

Deste modo, assume-se a globalidade do Parque como ‘suporte’ para actividades livres e programadas mas formalizam-se algumas localizações nucleares:
_os Hangares das artes, em localização central, são compostos por quatro hangares/ateliers, cada um deles focando um material básico para as artes plásticas e as técnicas não-eruditas associadas – pedra, madeira, metal e outros
_o Cine-teatro centra-se nas bancadas de pedra existentes e faz delas a parte superior da sua plateia – define-se um terreiro pavimentado em que serão montadas as estruturas efémeras para suportar uma tela de cinema, um palco, um recinto de performance ou usos sazonais complementares (pista de patinagem no gelo, por exemplo);
_o Anfiteatro aproveita a principal cabeceira e a convergência de dois muros remanescentes para se inscrever, aninhando-se no terreno. As condições acústicas excepcionais de que disporá vocacionam-no para a música, erudita ou popular, e para a dança.
_ o Recinto dos Festivais ligado ao anterior, estendendo-se ao longo do vale para NW, um grande relvão de piso estruturado de maneira não aparente, espaço facilmente confinável para controlo de entradas, permite acolher grandes eventos, para públicos numerosos, em complementaridade ao anterior.

Para além destes, completam a oferta do Parque:
_ o Jardim Botânico de zonas húmidas faz a recriação dos sistemas de quatro pauis do centro de Portugal – Arzila, Taipal, Madriz e Boquilobo – numa perspectiva didáctica e lúdica. O percurso principal que o acompanha deve culminar numa passagem inferior, sob aquela avenida, fazendo a evidente ligação pedonal e ciclável ao Parque Urbano existente.
_ o Passeio Público, ao longo da Av. 1º de Maio, estabelece um filtro arborizado, uma verdadeira peça para estar, a porta da frente do Parque.
_ a Cafetaria na Rua Profª Maria Amália Fevereiro constitui-se também como uma porta de entrada, uma vez que permite vencer o desnível entre a rua e o parque, ao mesmo tempo que oferece um espaço interior de cafetaria e uma esplanada.

Espaços Públicos
Área: 21.000,00m 2
Equipa: LandPlan, ACB, Oficina Ideias em Linha, Betar, Joule, Engimind
Cliente: Câmara Municipal de Castelo Branco