Edifício Kizela
Luanda, Angola 2015/2016
Esta proposta visa dotar o edifício de áreas exteriores de fruição, tirando partido da vista privilegiada sobre a Baía de Luanda, assegurando a privacidade entre habitantes do edifício e entre lotes vizinhos.
O grande espaço comum do piso 2 divide-se entre as áreas de circulação e uma área multiusos, à cota do piso, e a plataforma da piscina, elevada em relação àquela. Uma estrutura de floreiras enquadra a plataforma sobreelevada da piscina e os seus acessos, permitindo transformar a presença dos muros numa mais-valia para os espaços à cota baixa. Estas floreiras prolongam-se no limite do lote, plantadas de modo a conduzir as vistas e a promover a privacidade em relação aos lotes vizinhos. A plataforma da piscina é revestida a deck de madeira, que dobra para criar bancos/caldeiras com arbustos, num jogo de volumes confortáveis que confere ao espaço uma identidade própria.
No jardim privado do piso 3, no sentido de criar a máxima privacidade em relação aos edifícios que o circundam, propõe-se um cordão de terreno modelado que permite plantações de maior porte. Nos interstícios dessas modelações de terreno criam-se áreas de estadia em deck, que funcionam como prolongamentos da sala e dos quartos.
Nos terraços dos pisos 7 a 10, propõe-se a criação de um conjunto de floreiras desniveladas associadas a banquetas de estadia/acesso ao interior de uma pequena piscina/jacuzzi sobreelevada. As pequenas plataformas pavimentadas que acompanham as floreiras permitem aceder à piscina e funcionam como solário. Estas peças foram desenhadas de modo a permitir não só o acesso ao limite do terraço, protegido por guarda, como a criar uma área dedicada a refeições ao ar livre.